Certa vez tive uma ideia fantástica para um projeto que, na minha opinião, iria trazer excelentes benefícios para a empresa que eu trabalhava. Eu pesquisei sobre o assunto, rascunhei, revi a proposta e, duas semanas depois, o meu chefe, exatamente o meu chefe, apresentou algo muito semelhante para a equipe. Pensei: “por que não apresentei a ideia antes?”

Você já passou por uma situação como essa?

Ou então, você é daqueles que precisa estudar, estudar, estudar… e nunca está pronto para agir. Nunca pronto para aceitar novos desafios profissionais ou pessoais.

É ilusão pensarmos que teremos todas as respostas, ou então saber o que vai ocorrer no futuro. Muito menos estar preparado e protegido para todas as circunstâncias que poderão surgir em nossa vida.

Na primeira vez que li a frase que dá nome a esse artigo, no livro “Os segredos da mente milionária” – T. Harv Eker, ela soou um tanto estranha, mas o princípio por trás dela fez todo o sentido.

Se brincarmos com as palavras e invertermos novamente (“Fogo, preparar, apontar”), temo dizer que se você dispara antes de mirar, seu futuro está seriamente comprometido. A frase original também tem suas limitações. Sou apaixonado por planejamento estratégico e trabalho há muito tempo nisso, entretanto pessoas e empresas perdem tanto tempo no processo de planejar, no preparo do documento oficial e divulgação do mesmo, que esquecem de agir.

Quando você não age o medo cresce. A frustração também. Enquanto você não age e fica se preparando, outros estão buscando as oportunidades, agarrando e mergulhando para vencer.

Richard Branson diz: “Se alguém te oferece uma oportunidade incrível, mas você não tem certeza de que pode executar, diga sim – e aprenda como fazer depois”.

Prepare-se o melhor que puder no menor tempo possível, aja e corrija-se no caminho.

“Somos assim. Sonhamos o voo, mas tememos a altura.
Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio.
Porque é só no vazio que o voo acontece.
O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas.
Mas é isso que tememos: o não ter certezas.
Por isso trocamos o voo por gaiolas.
As gaiolas são o lugar onde as certezas moram”.
Rubem Alves